Todos sabem que exercícios fazem bem à saúde. Mas o fato de que atividade física interfere no rendimento profissional, para alguns, pode ser novidade. A semente lançada nas corporações a partir da disseminação da ginástica laboral, com o objetivo de diminuir lesões do esforço repetitivo e as licenças médicas, progrediu e avançou para a importância do exercício físico.
Os frutos retêm à expansão do número de empresas que estimulam e valoriza a prática esportiva entre os colaboradores. Algumas organizações criam departamentos e equipes para jogos coletivos. Outras, oferecem subsídio parcial de academias para funcionários. Iniciativas que tendem a tornar os profissionais mais sociáveis ao reunir colegas de setores diferentes, e mais fortes, por disseminar o espírito de não se abater diante dos obstáculos.
Há , ainda, o ganho extra pelo aperfeiçoamento do trabalho em equipe, afirma Norbert Luckow, gerente de Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional da AGCO, em Canoas, fabricante de máquinas agrícolas.
Na indústria, essa iniciativa ganhou mais ênfase há três anos, após a contratação de uma empresa especializada para cuidar do departamento esportivo. As atividades são realizadas na associação atlética, com 28 modalidades praticadas, masculinas e femininas. Há
atletas praticando futebol de areia, futsal e atletismo, entre outras atividades.
- Entre segunda e sexta, após o expediente, pelo menos 15 pessoas acabam seu horário, trocam de roupa e vão fazer caminhadas na pista atlética – comemora Luckow.
Para incentivar a prática, de tempos em tempos os professores percorrem unidades da fábrica cooptando futuros atletas para a atividade. Dessa maneira, 280 colaboradores entre os cerca de 1,5 mil já estão envolvidos em atividades físicas.
Foi dessa forma que Fernanda Mocelin, nadadora na adolescência, foi incentivada há dois anos a voltar aos treinamentos na piscina. Neste ano, no Campeonato Mundial de Natação do trabalhador, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), em Blumenau (SC), ela acumulou uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze.
Funcionária da Fras-le, de Caxias do Sul, Cláudia Bragnhol também se incorporou à delegação brasileira de natação e participou da mesma competição. Ex-atleta de futsal, em 2006 ela estreou na piscina nas categorias revezamento e costas e surpreendeu.
- Quando comecei a nadar, nem imaginava que poderia chegar onde cheguei – confessa, animada com a superação dos próprios limites.
Ao participar dessas iniciativas os atletas-trabalhadores lucram em saúde. Ao estimularem esse hábito, as empresas têm seu nome e sua imagem vinculada a ações positivas e contam com um profissional mais motivado na equipe.
Fonte: Empregos e Oportunidades – ZH/2007

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